O meu nome é Carlos e sofro de EA. Tenho actualmente 25 anos e a doença foi-me diagnosticada por volta dos meus 11 anos, tendo ainda assim demorado um ano a ser finalmente diagnosticada. Dia esse que nunca esquecerei! Depois de ter lido alguns artigos neste site apresentações decidi registar-me e agora apresentar-me, até porque acho que desabafando aos nossos semelhantes só faz bem:). Esta doença é comum a todos ou quase todos nós, mas as articulações afectadas diferem muito, penso eu. No meu caso como a doença se fez notar muito novo, afectou-me muito os membros inferiores, tendo começado a dor nas virilhas, principalmente a direita o que mais tarde afectou muito a amplitude de movimentos da perna direita. Tenho um amigo que também tem esta doença, mas que afectou-lhe muito mais tarde, por volta dos 35, em que, como é mais normal nestas idades afectou-lhe quase exclusivamente a coluna. Até agora esta doença já me afectou todas as articulações das pernas (virilhas especialmente a direita, ambos os joelhos, 3 infiltrações no esquerdo, e ambos os tornozelos e inclusive a nádega direita) e ocasionalmente as costas, cotovelo e ombro direito, estes últimos possivelmente causados também pela minha actividade desportiva, o ténis de mesa. Não ter dores ou não ter limitações é muito raro, já tive crises com dores horríveis, especialmente na virilha e nádega direita, que já me impossibilitaram de andar. A nádega dá-me uns espasmos com dores (tipo choques que podem demorar 1 a 4 segundos, sendo sempre inesperado, sem mesmo estar a mexer acontece ocasionalmente, claro que andar e adormecer é muito difícil nestas “horas”). Mas apesar disto tudo, o que me causa mais transtorno, é edema nas pernas que ao longo do dia vai aumentando a menos que eu as ponha para cima. È edema e não inchaço, já que não existe inflamação. É muito constrangedor já que como desportista uso muitas vezes calções e o edema nas pernas “atrai” muito as atenções e para além disso é uma sensação muito má, porque sente-se o edema e as pernas muito pesadas e para alem disso afecta-me os músculos não conseguindo fazer uso de todas as minhas capacidades, apesar de todas as outras limitações.
Coisas que penso que me fazem bem: correr, desde que não tenha demasiadas dores; natação (recomendado a todos por todos…nem sempre nadar especialmente bruços que pode forçar um bocado as costas, mas exercitar dentro de agua sim, sem duvida); massagens e exercício de alongamentos…sem nunca, nunca forçar demasiado.
Uma coisa muito má desta doença é que uma crise acontece a qualquer hora, ainda há poucos dias estava em boa forma, quase sem dores, correndo 2 vezes por semana, tendo treinos de ténis de mesa 2/3 vezes por semana, natação uma vez por semana e há duas semanas atrás deu-me uma pequena “crise” e fui a baixo sem conseguir fazer quase nada, apesar das tentativas e agora estou em baixo na minha forma física. É muito, mesmo muito frustrante.
Tenho esta doença, que não é fácil de se lidar, que me faz pensar muitas vezes como seria “se” não a tivesse…, que me revolta porque sei que podia fazer e ter conseguido mais e melhores “troféus”, para além das barreiras e possivelmente injustiças que passei por ter esta doença… mas tudo o que conquistei e cada batalha ganha tem um sabor maior…
Desculpem lá o testamento mas isto estava-me engasgado!
Força para todos…companheiros!
Coisas que penso que me fazem bem: correr, desde que não tenha demasiadas dores; natação (recomendado a todos por todos…nem sempre nadar especialmente bruços que pode forçar um bocado as costas, mas exercitar dentro de agua sim, sem duvida); massagens e exercício de alongamentos…sem nunca, nunca forçar demasiado.
Uma coisa muito má desta doença é que uma crise acontece a qualquer hora, ainda há poucos dias estava em boa forma, quase sem dores, correndo 2 vezes por semana, tendo treinos de ténis de mesa 2/3 vezes por semana, natação uma vez por semana e há duas semanas atrás deu-me uma pequena “crise” e fui a baixo sem conseguir fazer quase nada, apesar das tentativas e agora estou em baixo na minha forma física. É muito, mesmo muito frustrante.
Tenho esta doença, que não é fácil de se lidar, que me faz pensar muitas vezes como seria “se” não a tivesse…, que me revolta porque sei que podia fazer e ter conseguido mais e melhores “troféus”, para além das barreiras e possivelmente injustiças que passei por ter esta doença… mas tudo o que conquistei e cada batalha ganha tem um sabor maior…
Desculpem lá o testamento mas isto estava-me engasgado!
Força para todos…companheiros!