Doença
Novo tratamento para artrite reumatóide é português
Uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) descobriu uma nova forma de tratamento de artrite reumatóide, através da utilização de um anticorpo que previne o aparecimento ou impede a progressão da doença
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Fonte do IMM disse à Lusa que o estudo foi feito com ratinhos, mas sublinhou que os resultados «são relevantes e promissores» para o tratamento da artrite reumatóide humana.
«Os ratinhos desenvolvem artrite reumatóide de uma forma muito semelhante à do homem», explicou.
Os autores do estudo concluíram que o tratamento com o anticorpo anti-CD4 não só previne o aparecimento de artrite em ratinhos saudáveis, como impede a progressão da doença em ratinhos já doentes.
Os resultados do estudo mostraram que a administração do anticorpo anti-CD4 alterava o equilíbrio entre dois tipos de células do sistema imunitário, favorecendo a imunotolerância, ou seja, dificultando o desenvolvimento de doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide.
O estudo mostrou ainda que este efeito não compromete a capacidade do sistema imunitário do ratinho reagir, simultaneamente, contra agentes inflamatórios/infecciosos externos.
«Esta não é a primeira vez que se usam anticorpos deste tipo como terapia para doenças auto-imunes, mas os resultados têm sido modestos. Daí a relevância de mostrar que esta terapia pode ser eficaz na prevenção de um modelo animal de artrite reumatóide», defende Luís Graça, investigador do IMM que liderou o estudo.
Este estudo acaba de ser publicado na PLoS ONE, uma revista científica de acesso aberto, disponível apenas online e publicada pela Public Library of Science.
A artrite reumatóide é uma doença autoimune crónica, caracterizada pela inflamação/destruição das articulações, que provoca incapacidade progressiva do doente e está associada a mortalidade prematura.
Uma combinação de causas genéticas e ambientais contribui para o aparecimento da artrite reumatóide, que, a nível biológico, se caracteriza por uma resposta imunitária complexa envolvendo uma série de células diferentes, incluindo vários tipos de glóbulos brancos.
O IMM faz parte do Centro Académico de Medicina de Lisboa, um consórcio que integra ainda a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Hospital de Santa Maria.
Este consórcio pretende desenvolver uma perspectiva integrada da medicina, fomentando a investigação biomédica transversal, desde a bancada dos laboratórios académicos até à prática clínica.
O IMM tem o estatuto de Laboratório Associado ao Ministério da Ciência, da Tecnologia e Ensino Superior.
Sol/Lusa
Novo tratamento para artrite reumatóide é português
Uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) descobriu uma nova forma de tratamento de artrite reumatóide, através da utilização de um anticorpo que previne o aparecimento ou impede a progressão da doença
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Fonte do IMM disse à Lusa que o estudo foi feito com ratinhos, mas sublinhou que os resultados «são relevantes e promissores» para o tratamento da artrite reumatóide humana.
«Os ratinhos desenvolvem artrite reumatóide de uma forma muito semelhante à do homem», explicou.
Os autores do estudo concluíram que o tratamento com o anticorpo anti-CD4 não só previne o aparecimento de artrite em ratinhos saudáveis, como impede a progressão da doença em ratinhos já doentes.
Os resultados do estudo mostraram que a administração do anticorpo anti-CD4 alterava o equilíbrio entre dois tipos de células do sistema imunitário, favorecendo a imunotolerância, ou seja, dificultando o desenvolvimento de doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide.
O estudo mostrou ainda que este efeito não compromete a capacidade do sistema imunitário do ratinho reagir, simultaneamente, contra agentes inflamatórios/infecciosos externos.
«Esta não é a primeira vez que se usam anticorpos deste tipo como terapia para doenças auto-imunes, mas os resultados têm sido modestos. Daí a relevância de mostrar que esta terapia pode ser eficaz na prevenção de um modelo animal de artrite reumatóide», defende Luís Graça, investigador do IMM que liderou o estudo.
Este estudo acaba de ser publicado na PLoS ONE, uma revista científica de acesso aberto, disponível apenas online e publicada pela Public Library of Science.
A artrite reumatóide é uma doença autoimune crónica, caracterizada pela inflamação/destruição das articulações, que provoca incapacidade progressiva do doente e está associada a mortalidade prematura.
Uma combinação de causas genéticas e ambientais contribui para o aparecimento da artrite reumatóide, que, a nível biológico, se caracteriza por uma resposta imunitária complexa envolvendo uma série de células diferentes, incluindo vários tipos de glóbulos brancos.
O IMM faz parte do Centro Académico de Medicina de Lisboa, um consórcio que integra ainda a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Hospital de Santa Maria.
Este consórcio pretende desenvolver uma perspectiva integrada da medicina, fomentando a investigação biomédica transversal, desde a bancada dos laboratórios académicos até à prática clínica.
O IMM tem o estatuto de Laboratório Associado ao Ministério da Ciência, da Tecnologia e Ensino Superior.
Sol/Lusa