Olá a todos. Chamo-me Ricardo, tenho 31 anos e embora visite o fórum quase todos os dias desde há 4 meses a esta parte, só hoje me registei. E decidi fazê-lo só agora pq hoje, faz exactamente 120 dias que comecei a dieta sem amido, e queria apresentar-me com algum conhecimento de causa sobre o assunto e ser, de certa forma, portador de alguma esperança.
Ditou o destino q a minha irmã (tb registada no fórum, embora praticamente inactiva enquanto participante) tb fosse contemplada com a espondilite. Ao que parece o gene veio da minha mãe (somos os 3 hla b27+).
Escolhi o nick Sporting, pq estou registado no kickas.org (excelente fonte de informação que aconselho a todos como visita regular) e aquando o registo n sabia q nome escolher, então para estabelecer alguma relação com Portugal lembrei-me do meu Sporting, embora para os estrangeiros falantes de Inglês seja uma palavra apenas associada a desporto, o que no meu caso assenta q nem uma luva.
Toda a minha vida fiz desporto, desde miúdo, e felizmente nunca perdi o gosto. Podem portanto imaginar a reacção de alguém para quem o desporto é parte vital na sua vida, saber que tem uma doença (cujo conhecimento já existia pois na minha irmã foi diagnosticada mais cedo, embora tardiamente) degenerativa e incurável, que atinge exactamente aquilo que é mais necessário no desporto, o esqueleto.
O conhecimento q tinha da doença, antes do meu diagnóstico (Setembro 2008), era básico, e embora tenha ficado muito preocupado com a situação da minha irmã, achei que a melhor opção era deixar os médicos tratarem dela. Quem mais o poderia fazer?
Nos entretantos já eu tinha dores nas ancas e nas nádegas, que iam piorando mês após mês. As dores lombares já faziam parte da ementa. Mas nunca sequer me passou pela cabeça que tivesse algum problema grave. Corri ortopedistas e nada, passava com louvor em todas as consultas, mas as dores continuavam e eu sabia q se passava alguma coisa. Por esta altura as idas ao volei e o jogging eram pouco mais q uma miragem. Restava-me o desporto caseiro diário, q sempre fiz questão de manter, com uma disciplina militar.
Um dia achei q tinha mesmo de visitar um reumatologista, e assim fiz. Na consulta torceu o nariz com as queixas que apresentava, mas assim que falei na minha irmã o caso tornou-se mais sério, e os exames estavam ao virar da esquina. Cintígrafia óssea, TAC e análises. O diagnóstico estava feito... E o mundo caiu-me nos ombros.
Quando me levantei, achei que teria de haver mais alguma coisa a fazer, para além do que os médicos me diziam. E lembrei-me de aprofundar um tema sobre o qual já tinha lido há tempos, a dieta sem amido. Andei uns dias a ganhar coragem e a tentar perceber o funcionamento de uma dieta q me queria retirar num ápice 65% dos alimentos q ingeria diariamente, há 30 anos. Primeiro passo, comprei o livro da Carol Sinclair e li-o no trabalho em pouco mais de 2h. Começou aí a minha dieta, pelo menos na minha cabeça.
Tinha começado a DSA há 1 semana, quando numa consulta, a médica receitou-me a 1ª dose de medicamentos q eu deveria tomar durante 4 meses. Decidi dar uma oportunidade à dieta, e ainda bem que o fiz.
Os resultados são graduais, de tal forma, que só me apercebi de que estava a resultar, quando me lembrava das dores, da fraqueza, do cansaço, que tinha antes, quase diariamente, e que "de repente" praticamente n sentia.
Mas nem tudo são rosas:
1º Embora esteja confiante, n sei até que ponto os efeitos serão permanentes.
2º É preciso uma força de vontade e perseverança, quase estóica. Os apelos alimentares são uma constante, e por muita vontade q tenhamos em cumprir à risca, já dei por mim em locais onde a comida abunda, sem haver literalmente nada q pudesse sequer provar.
3º Ao mínimo deslize (com amido, sempre involuntário, com dissacarídeos, de vez em quando um pecado), as crises aparecem impiedosas e duradouras.
4º É difícil n perder peso. Uma vantagem para alguns, uma desvantagem para outros
5º É fácil cairmos em carências alimentares. Todos os dias tento aprender, e este site www.nutritiondata.com, tem sido uma grande ajuda.
6º Às vezes parece que deixa de funcionar. O que aliado ao desespero de querer comer pão, massas, pizzas, bolos, bolachas, etc, pode significar, desistência. Optei por nunca o fazer.
7º É preciso uma força de vontade e perseverança, quase estóica. Esta já tinha dito, mas nunca é demais repetir.
Nesta fase, não estou ainda numa situação completamente livre de dor, mas os resultados têm sido animadores, lentos, mas animadores, tudo isto sem ter a necessidade de ingerir um único químico.
Continuo a minha actividade física diária, aliada aos exercícios q tb o forum disponibiliza. Embora no domingo devesse haver uma pausa, para mim é um dia igual aos outros. Esta parte até tem sido fácil para mim.
Quero realçar que tudo aquilo que disse aplica-se única e exclusivamente ao meu caso pessoal. Mas se eu estou a conseguir, não acham que vale a pena tentar?
Ditou o destino q a minha irmã (tb registada no fórum, embora praticamente inactiva enquanto participante) tb fosse contemplada com a espondilite. Ao que parece o gene veio da minha mãe (somos os 3 hla b27+).
Escolhi o nick Sporting, pq estou registado no kickas.org (excelente fonte de informação que aconselho a todos como visita regular) e aquando o registo n sabia q nome escolher, então para estabelecer alguma relação com Portugal lembrei-me do meu Sporting, embora para os estrangeiros falantes de Inglês seja uma palavra apenas associada a desporto, o que no meu caso assenta q nem uma luva.
Toda a minha vida fiz desporto, desde miúdo, e felizmente nunca perdi o gosto. Podem portanto imaginar a reacção de alguém para quem o desporto é parte vital na sua vida, saber que tem uma doença (cujo conhecimento já existia pois na minha irmã foi diagnosticada mais cedo, embora tardiamente) degenerativa e incurável, que atinge exactamente aquilo que é mais necessário no desporto, o esqueleto.
O conhecimento q tinha da doença, antes do meu diagnóstico (Setembro 2008), era básico, e embora tenha ficado muito preocupado com a situação da minha irmã, achei que a melhor opção era deixar os médicos tratarem dela. Quem mais o poderia fazer?
Nos entretantos já eu tinha dores nas ancas e nas nádegas, que iam piorando mês após mês. As dores lombares já faziam parte da ementa. Mas nunca sequer me passou pela cabeça que tivesse algum problema grave. Corri ortopedistas e nada, passava com louvor em todas as consultas, mas as dores continuavam e eu sabia q se passava alguma coisa. Por esta altura as idas ao volei e o jogging eram pouco mais q uma miragem. Restava-me o desporto caseiro diário, q sempre fiz questão de manter, com uma disciplina militar.
Um dia achei q tinha mesmo de visitar um reumatologista, e assim fiz. Na consulta torceu o nariz com as queixas que apresentava, mas assim que falei na minha irmã o caso tornou-se mais sério, e os exames estavam ao virar da esquina. Cintígrafia óssea, TAC e análises. O diagnóstico estava feito... E o mundo caiu-me nos ombros.
Quando me levantei, achei que teria de haver mais alguma coisa a fazer, para além do que os médicos me diziam. E lembrei-me de aprofundar um tema sobre o qual já tinha lido há tempos, a dieta sem amido. Andei uns dias a ganhar coragem e a tentar perceber o funcionamento de uma dieta q me queria retirar num ápice 65% dos alimentos q ingeria diariamente, há 30 anos. Primeiro passo, comprei o livro da Carol Sinclair e li-o no trabalho em pouco mais de 2h. Começou aí a minha dieta, pelo menos na minha cabeça.
Tinha começado a DSA há 1 semana, quando numa consulta, a médica receitou-me a 1ª dose de medicamentos q eu deveria tomar durante 4 meses. Decidi dar uma oportunidade à dieta, e ainda bem que o fiz.
Os resultados são graduais, de tal forma, que só me apercebi de que estava a resultar, quando me lembrava das dores, da fraqueza, do cansaço, que tinha antes, quase diariamente, e que "de repente" praticamente n sentia.
Mas nem tudo são rosas:
1º Embora esteja confiante, n sei até que ponto os efeitos serão permanentes.
2º É preciso uma força de vontade e perseverança, quase estóica. Os apelos alimentares são uma constante, e por muita vontade q tenhamos em cumprir à risca, já dei por mim em locais onde a comida abunda, sem haver literalmente nada q pudesse sequer provar.
3º Ao mínimo deslize (com amido, sempre involuntário, com dissacarídeos, de vez em quando um pecado), as crises aparecem impiedosas e duradouras.
4º É difícil n perder peso. Uma vantagem para alguns, uma desvantagem para outros
5º É fácil cairmos em carências alimentares. Todos os dias tento aprender, e este site www.nutritiondata.com, tem sido uma grande ajuda.
6º Às vezes parece que deixa de funcionar. O que aliado ao desespero de querer comer pão, massas, pizzas, bolos, bolachas, etc, pode significar, desistência. Optei por nunca o fazer.
7º É preciso uma força de vontade e perseverança, quase estóica. Esta já tinha dito, mas nunca é demais repetir.
Nesta fase, não estou ainda numa situação completamente livre de dor, mas os resultados têm sido animadores, lentos, mas animadores, tudo isto sem ter a necessidade de ingerir um único químico.
Continuo a minha actividade física diária, aliada aos exercícios q tb o forum disponibiliza. Embora no domingo devesse haver uma pausa, para mim é um dia igual aos outros. Esta parte até tem sido fácil para mim.
Quero realçar que tudo aquilo que disse aplica-se única e exclusivamente ao meu caso pessoal. Mas se eu estou a conseguir, não acham que vale a pena tentar?