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Tratamentos alternativos - um testemunho

3 participantes

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1Tratamentos alternativos - um testemunho Empty Tratamentos alternativos - um testemunho Qua Jun 04, 2008 8:02 am

saraclavel



Olá

Não me canso de ler e reler algumas das mensagens aqui depositadas.

Sem dúvida, este é um Blog de enorme utilidade.

Queria deixar mais uma vez o meu testemunho, principalmente no que concerne ao recurso às terapias alternativas.

Recorri à acupunctura há cerca de dois anos, tendo, no início, começado com duas sessões semanais e, gradualmente fiu reduzindo, até ao momento, em que apenas frequento as sessões uma vez por mês. Isto deveu-se à melhoria franca do meu estado de saúde, e só continuo a recorrer à terapia, para manutenção do estado que alcancei.

Tomo fitoterapia - aliás - são os únicos medicamentos - naturais - que tomo, e uns elaborados com base na mdecina ayurvédica, que, à semelhança da medicina tradicional chinesa, encara este tipo de doenças, de uma forma bem diferente da nossa medicina tradicional.

Também faz parte da minha rotina diária, exercícios de Yoga matinais, associados a exercícios de estiramento e de alongamento, principalmente da cervical, coluna vertebral, e cintura escapular.
Claro que, completados com exercícios de flexibilidade que vou realizando conforme posso - aliás, o segredo está em medir sempre as capacidades em que nos encontramos naquele dia, nunca fazendo mais do que podemos. A filosofia será, "fazer o que posso hoje, para amanhã ir mais longe!"

Alegro-me em poder testemunhar aqui que, o meu estado geral de saúde tem vindo a melhorar significativamente e, como todos vocês percebem, melhor do que ninguém, cada passo, por mais pequenino que seja, reveste-se da maior importância nesta luta contra a doença.

Já não sei se acredite que seja crónica como nos dizem.
De facto, o nosso estado de espírito e de humor, influenciam a forma como a encaramos, como encaramos a nossa vida, e dão-nos força de vontade para continuar a lutar e chegar cada vez mais longe nesta odisseia que, quero acreditar, melhores dias nos trará.
Principalemte com esta troca de experiências, tão válida, que, além de nos manter informados acerca de novas estratégias e modalidades de actuação, dá-nos o alento de partilharmos assuntos que tão poucas pessoas entendem e sentem.

Um bem haja, a todos os que neste Blog paricipam,


Até breve,
Sara Laughing

Susana Lopes

Susana Lopes

Olá, Sara e obrigada pelo seu testemunho!

Estou de acordo consigo quando diz que não acredita que a ea não é uma doença crónica. Aliás, para mim, não existem doenças crónicas... talvez estados de espírito crónicos.

Quando eu era criança, uma das amigas da minha mãe adoeceu: cancro. Os médicos explicaram à família - depois de terem operado a D. Adelaide (seu nome) - que não viveria mais que três a seis meses. Como deve calcular, Sara, esta notícia foi devastadora, tanto para a família como para os amigos.

Eu era demasiado criança para perceber todas aquelas palavras difíceis, sentimentos confusos - apenas sabia o que tinha ouvido, atrás da porta (eu tinha esse hábito horrível): a nossa amiga iria para o céu... breve.

A D. Adelaide, nada sabia. Ninguém lhe queria contar. Contudo, uma vizinha dela disse-lhe, da maneira mais... nem sei como descrever - existe cada tipo de pessoas neste mundo. Disse-lhe para ir preparando tudo, pois morreria em poucos meses.

A D. Adelaide questionou, de imediato, a família. Depois de ficar a saber o prognóstico dos médicos, saiu de casa. Dirigiu-se a casa dessa tal vizinha e disse-lhe que sim, iria morrer. Um dia, como todos. Mas não daí a três ou seis meses... e não, não com cancro.

A D. Adelaide, apesar das metastases espalhadas por todos os seus orgãos, não morreu. Passaram três meses... seis meses... trinta anos...

Não. A D. Adelaide continua entre nós. Velhinha, já ceguinha... mas muito Viva! Porque ela vai morrer... mas não de cancro.

Esta história, Sara, sempre foi para mim uma lição de Vida! A doença não é crónica: não, se nós não quisermos que esta seja crónica!

Um beijo e até de repente flower

Susana Lopes

http://espondiliteanquilosante.blogspot.com/

tany



ola sara e susana , nao podia deixar de vos dar os parabens pelo que acabei de ler relativamente a vossa postura com relaçao a forma como nos poem esta doença logo a partida, CRÓNICA E NAO TEM CURA, quero tmb partilhar com voces que penso exactamente da mesma forma, e acredito que esta mesmo na nossa mente a forma como deixamos evoluir seja o que for em nos proprios. So infelizmente susana , como ja lhe disse la atras , neste momento ainda nao consigo fazer valer essa força que sei que a tenho


Recebi a noticia muito recentemente e logo que a recebi comecei a pesquisar na net e obvio , e graças a deus encontrei vos , logo senti que o posso partilhar com alguem que sabe bem do que se trata , e isso e muito gratificante , como receber o apoio.

so quero mesmo e arranjar força para iniciar uma mudança de habitos que nao contribuem nada para isto , como fumar bastante e ser muito perguiçosa para fazer exercicio fisico.....
beijos pra voces.............. flower

4Tratamentos alternativos - um testemunho Empty EA... e agora? Seg Set 15, 2008 2:43 am

Susana Lopes

Susana Lopes

Olá, Tany!

Acredito que deva estar assustada com a notícia. A EA é, sem dúvida, uma doença que quanto mais se sabe sobre ela, mais uma pessoa fica desesperada. E, este desepero tem sentido: esta doença progride, pode deixar-nos incapacitados e a dor... essa torna-se uma fiel companheira.

Não obstante, a EA pode nos dar algo de muito diferente: alegria de Viver. Parece uma loucura, não é?

A partir da minha experiência com a EA e de muitos testemunhos que tenho lido, apercebi-me que muitos de nós estavamos como "adormecidos" para a vida. A EA foi como que uma "sacudidela" que nos veio acordar levando-nos, assim, à descoberta: do nosso corpo - de Nós; de tudo o que nos rodeia - a Vida; de quem está perto - o Amor...

Uma crise levou-me a estar muito tempo acamada. A televisão tornou-se, assim, uma segunda companheira para mim. Num dos programas da manhã, descobri esta mulher.

Otília Pires de Lima, com um diagnóstico terrível - Leucemia Mielóide Aguda - conseguira mudar o seu destino, que seria a morte. A receita? Segunda ela, Aceitar, Perdoar, Amar...

Ao contrário de mim, Otília não fez a pergunta: "Porque eu?" Pelo contrário... colocou a si a seguinte questão:"O que é que eu tenho de aprender com isto?”. Para saber mais sobre este testemunho, aqui.

Eu tenho EA. "E porque não eu?" Eu tenho EA e Aprendi muito com ela. Não é fácil Viver com esta doença, é vedade. Mas, eu descobri, em mim, forças que não sabia existirem.

É um caminho que todos temos que percorrer. A única coisa que difere é a maneira como o resolvemos fazer. Sei que é difícil fazer alguma coisa com entusiasmo quando se vive com dor, 24 sobre 24 horas... e as crises?! Ainda há muito pouco tempo passei por uma crise terrível... não, não é nada fácil.

Mas, as soluções podem ser tudo menos o desespero,a auto-complacência, a entrega. O Caminho faz-se melhor Sorrindo. Mesmo que o nosso corpo chore... Com a alma a Sorrir, tudo se simplifica: o porquê de todo este sofrimento... e, as respostas acabem por aparecer.

Tany: a preguiça é nossa Inimiga! O exercício físico é OBRIGATÓRIO!!! Sem exercício físico, a EA não perdoa! A anquilose progride a uma velocidade atroz. Não é isso que a Tany deseja para a sua vida, poi não?

Encararmos a EA de frente não significa ser inconsciente, não querer saber, fazer de conta que está tudo bem... "amanhã, começo o exercício físico". Não! Amanhã, para nós, é sempre muito tarde. Tarde demais!

Leia tudo, pesquise, faça perguntas... a informação é nossa aliada. Quanto melhor estivermos preparadas, melhor conseguiremos caminhar. O caminho é longo... mas, mesmo sem a EA, teríamos que fazer esse caminho, não é assim? A diferênça é que nós não estamos sós.

A EA, companheira para vida? Sim, e porque não? Com exercício físico, a medicação certa, a alimentação correcta - já experimentou a "dieta sem amido" - a EA passa a ser somente uma sombra.

Continua ao nosso lado, mas não nos incomoda. Mas... atenção: nada de "baixar" defesas. A EA é traiçoeira.

Crónica? Como já disse, para mim, não existem doenças crónicas, só estados de espírito crónicos.

Força, amiga... espero que goste da nossa companhia! flower Sempre que precisar, estaremos por aqui ! lol!

Até de repente,

Susana Lopes

http://espondiliteanquilosante.blogspot.com/

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