Novas leis!

Boa tarde.
Hoje recebi uma má noticia, fui ao centro de saude informar-me sobre o que fazer para manter a isenção de taxas moderadoras e cheguei à conclusão que, aparentemente, perdemos esse direito.

Parece que para continuar-mos isentos temos que requerer uma junta médica e só teremos esse beneficio se atingirmos uma incapacidade de 60%.
Ora é claro que por mais dores que possamos ter nos momentos de crises dificilmente chegamos a esses parâmetros!

Gostaria de saber o que teem feito neste sentido, ou será que simplesmente, nós doentes reumáticos, nos vemos privados desse direito até agora instituido!!

Patricia F.

Pois é Patricia,
Pode dizer-se que há essencialmente duas razões para obter isenção de taxas: uma relacionada com a (in) capacidade financeira e outra relacionada com a doença propriamente dita.
A EA era uma doença crónica que, por si, conferia direito à isenção de taxas, mas agora vai ser necessário uma junta médica, que vai avaliar o grau de incapacidade provocado pela doença e, de facto, só quando é 60% é que confere isenção. Podes pedir à médica que faça as medições das restrições que tens, para fazer uma primeira a estimativa se a tua incapacidade atinge ou não, podendo fazer um relatório que seria analizado pela junta médica. No ultimo Boletim da ANEA está um artigo sobre o assunto. Justino

Boa Tarde,

Eu andava a adiar convocar uma junta médica desde 2009, agora sei que o devia ter feito quando uma média minha e a chefe de enfermeiros insistiram muito comigo naquele ano.
Um ano depois de saber (finalmente!) que tinha EA havia cerca de 8 a 9 anos!!!

Se ajudar a alguém aqui fica o meu registo: marquei consultas, pedi relatórios detalhados e quando tive tudo pronto entreguei o pedido de Junta Médica (na área da minha residência) para obtenção do atestado multiusos. Comecei ainda no final do ano passado por insistência do médico da medicina trabalho e do meu médico de clinica geral. Desta vez fui até ao fim com o processo e, como era esperado, lá me deram o atestado com o grau de incapacidade que ultrapassa largamente os 60% (como eu já sabia mas não queria aceitar!).

Agora tenho que entregar cópia no centro de saúde para continuar a beneficiar da isenção da taxa moderadora, mas também tenho que tratar de mais algumas coisas que nem sei bem por onde começar

Estou mesmo no limite em que ainda posso continuar a conduzir o meu carro, mas os médicos da Junta Médica alertaram logo que já deixavam tudo tratado naquele atestado para eu comprar, logo que me fosse possivel, um carro adapatado ás minhas limitações.

Parece que também passo a ter direito a isenção do sêlo do carro e a adquirir um distico para colocar no carro e poder estacionar nos lugares destinados a pessoas com mobilidade reduzida. Ainda não sei como vou tratar disto. Apenas sei que me custa muito conduzir o meu carro e desde há muito tempo e que não foi surpresa para mim dizerem-me que tenho que adquirir um carro adapatado.

Não é fácil aceitar que temos uma doença degenerativa como a EA ...
principalmente quando já tinha outra bem pior
Não é fácil ter que tratar de um papel que atesta as nossas limitações fisicas ...
Mas é a vida que temos. Só temos que aceitá-la o melhor que conseguir-mos!

Votos de poucas dores para todos

Bons dias.
Eu sou o Tiago e sofro de EA. Comecei a ter sinais desta doença, tinha eu os meus 17 ou 18 anos. Fiz bastantes exames mas nunca se descobriu o que seria as dores que eu tinha. Eu com os meus 17 anos, comecei a trabalhar na Pintura de Construção Civil. Mantive este trabalho mais ou menos 5 anos. Em 2007 sofri um acidente de automovel (eu era o "pendura") que me deixou 4 meses hospitalizado (destes 4 meses fiquei 13 dias em coma).

Deste acidente tive bastantes ossos partidos, perda de equilibrio (já o tenho mas nao a 100%), traumatismo craniano, perdi o baço, a minha memoria ficou fraca, etc. Com tudo isto tinha direito a 14% ou 15% de incapacidade. Todos nos conhecemos seguros e como eles queriam, conseguiram baixar a minha incapacidade para os 9%.
O trabalho na Pintura de Construção Civil tive que desistir.
Andei a tirar um curso em 2008/2009, nesta altura ja me via aflito para apanhar algo do chão devido á EA. Terminei o curso e de seguida com a falta de postos de trabalho, fui tirar mais um.

Nos dias que correm, nao existe emprego para mim como para muitos. Eu estive a morar junto com a minha "mulher" (não somos casados) em uma casa arrendada mas tivemos que desistir porque era so ela a ganhar. Viemos para casa dos meus sogros. Eu continuo sem arranjar um emprego que possa fazer mas nada me aparece, a minha mulher mata-se a trabalhar, o meu sogro esta no fundo de desemprego e a minha sogra nunca trabalhou.
Quanto a mim, com 27 anos descobri à sensivelmente 3 ou 4 meses que as dores que tinha era a EA.

Tudo este "texto" só para perguntar se tenho direito a alguma pensão, subsidio, reforma, etc.

Tenho 9% de incapacidade do acidente e a EA.

Eu não me consigo baixar em condições devido à EA e sempre que me baixo, tenho que estar a tocar ou a agarrar em qualquer coisa (pessoa, parede, poste, mesa,etc) para que nao me desiguilibre.

Agradecia que me dessem uma resposta se tenho direito a algo.

Cumps e Obrigado.