... Irrita?
A constante lamúria do resto das pessoas que nada têm?
O "Ai, dói-me tanto a cabeça, não vou trabalhar"
O "Ai, tenho a garganta inflamada, nem consigo falar"
Dores meramente pontuais, como eu tenho saudades delas. Se bem que só me lembro delas na minha infância.
E quando há certas e determinadas coisas que queremos fazer, mas não podemos, porque podem fazer mal, porque podem nos atirar para um estado de imobilidade e nos perguntam o que temos. E nós respondemos, com uma simples frase "Tenho um problema de reumatismo", porque nem sequer nos apetece divagar. E a outra pessoa responde "Ah, eu também tenho disso!", só porque lhe dói um bocadinho as costas, ou tem a coluna ligeiramente torta, como a maioria das pessoas hoje em dia. E nós passamos por "desmancha-prazeres", que não gostamos de nos divertir.
E quando dizemos o nome mesmo da doença, as pessoas torcem o sobrolho e dizem "Ah, o X também tem isso." Quando vocês sabem que não tem, porque ele consegue dormir até às 5h da tarde, e nós só até às 7h da manhã. Porque ele corre, pula, dança, joga futebol, sem se torcer de dores. Mas tem uma coisa com um nome parecido, e já tem o mesmo do que nós.
Nunca temos cara de enterro, e isso significa, para as outras pessoas, que nunca temos dores. Temos dores há anos, elas já fazem parte de nós, não podemos choramingar todos os dias. Mas os outros, que andam a arrastar-se pelo escritório quando têm uma dor de cabeça, já são "coitadinhos, acontece-lhes tudo".
A vida é demasiadamente boa para ser levada a chorar. Mas as pessoas adoram despertar o sentimento de pena nas restantes. Nunca fui grande amante do "bicho humano", mas cada vez gosto menos. O resto do planeta, adoro. A natureza, os animais, o "Joie de Vivre".
Não sou uma solitária, a minha mãe e o meu namorado nunca foram preconceituosos, eles psicologicamente até sofrem mais do que eu com isto. E alguns colegas do trabalho, que lidam diariamente comigo, também se mostram solidários. Assim como o meu chefe directo, que se preocupa. Os "amigos" (pus entre parentesis) de fim-de-semana, nem se esforçam para o fazer. Já nem ligo.
Desculpem o desabafo, algumas frases podem nem ter conectividade entre si, mas, se alguém daqui ler isto, vai concerteza abanar a cabeça em sentido afirmativo, e pensar "É verdade".
Cumprimentos e um grande Bem Haja a todos nós.
Patrícia (Rocky é o meu bichano)
A constante lamúria do resto das pessoas que nada têm?
O "Ai, dói-me tanto a cabeça, não vou trabalhar"
O "Ai, tenho a garganta inflamada, nem consigo falar"
Dores meramente pontuais, como eu tenho saudades delas. Se bem que só me lembro delas na minha infância.
E quando há certas e determinadas coisas que queremos fazer, mas não podemos, porque podem fazer mal, porque podem nos atirar para um estado de imobilidade e nos perguntam o que temos. E nós respondemos, com uma simples frase "Tenho um problema de reumatismo", porque nem sequer nos apetece divagar. E a outra pessoa responde "Ah, eu também tenho disso!", só porque lhe dói um bocadinho as costas, ou tem a coluna ligeiramente torta, como a maioria das pessoas hoje em dia. E nós passamos por "desmancha-prazeres", que não gostamos de nos divertir.
E quando dizemos o nome mesmo da doença, as pessoas torcem o sobrolho e dizem "Ah, o X também tem isso." Quando vocês sabem que não tem, porque ele consegue dormir até às 5h da tarde, e nós só até às 7h da manhã. Porque ele corre, pula, dança, joga futebol, sem se torcer de dores. Mas tem uma coisa com um nome parecido, e já tem o mesmo do que nós.
Nunca temos cara de enterro, e isso significa, para as outras pessoas, que nunca temos dores. Temos dores há anos, elas já fazem parte de nós, não podemos choramingar todos os dias. Mas os outros, que andam a arrastar-se pelo escritório quando têm uma dor de cabeça, já são "coitadinhos, acontece-lhes tudo".
A vida é demasiadamente boa para ser levada a chorar. Mas as pessoas adoram despertar o sentimento de pena nas restantes. Nunca fui grande amante do "bicho humano", mas cada vez gosto menos. O resto do planeta, adoro. A natureza, os animais, o "Joie de Vivre".
Não sou uma solitária, a minha mãe e o meu namorado nunca foram preconceituosos, eles psicologicamente até sofrem mais do que eu com isto. E alguns colegas do trabalho, que lidam diariamente comigo, também se mostram solidários. Assim como o meu chefe directo, que se preocupa. Os "amigos" (pus entre parentesis) de fim-de-semana, nem se esforçam para o fazer. Já nem ligo.
Desculpem o desabafo, algumas frases podem nem ter conectividade entre si, mas, se alguém daqui ler isto, vai concerteza abanar a cabeça em sentido afirmativo, e pensar "É verdade".
Cumprimentos e um grande Bem Haja a todos nós.
Patrícia (Rocky é o meu bichano)