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O Exercício Físico na Prevenção da Evolução da EA

4 participantes

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Susana Lopes

Susana Lopes

A EA atinge, essencialmente, a coluna vertebral e articulações sacro-ilíacas e, em maior ou menor grau, atinge também outras articulações. Pode provocar alterações posturais graves em flexão com perda da mobilidade e pode evoluir para a fixação das articulações (anquilose), resultando numa diminuição global da funcionalidade.

A fisioterapia através de uma intervenção individual e em grupo, impede ou interrompe o curso progressivo das deformidades posturais e das suas consequências.

A intervenção individual tem como objectivo a libertação das zonas mais retraídas através de técnicas neuromusculares de massagem, mobilização e estiramento dos tecidos moles e de posturas de alongamento, obtendo assim uma maior amplitude de movimento a nível das ancas e ombros, assegurando uma maior mobilidade dos membros e contribuindo para a correcção da postura.

A intervenção em grupo garante a manutenção de um nível adequado de mobilidade e a melhoria da tolerância ao esforço, através de técnicas de alongamento, mobilização e fortalecimento muscular, executadas na prática de exercícios activos, de preferência em piscina terapêutica e/ou em ginásio.

A utilização em paralelo destes dois tipos de intervenção em Fisioterapia leva ao aumento da mobilidade global e impede a fixação da coluna numa posição demasiado flectida além de diminuir a dor e a fadiga.

O essencial é conseguir que todos os dias do ano, as articulações atingidas sejam mobilizadas em toda a amplitude ainda disponível. É isso que tem de ser feito sem brutalidades corajosas mas, de modo inteligente, sob a protecção do efeito do medicamento anti-inflamatório (A.I.N.E.) no momento de pico de acção, se necessário, e com a terna e tranquila ajuda de um familiar treinado em saber ajudar.

Como resultado final obtém-se um grau de funcionalidade capaz de garantir uma melhor qualidade de vida aos indivíduos com EA.


Fonte:http://www.anea.org.pt/O Exercício Físico na Prevenção da Evolução da EA 298789760

http://espondiliteanquilosante.blogspot.com/

2O Exercício Físico na Prevenção da Evolução da EA Empty Espondiloartropatia e exercício Sáb Mar 15, 2008 10:00 am

saraclavel



Em primeiro lugar, quero dar os parabéns, pelo facto de existir um local que nos possa, a nós (doentes com EA), esclarecer sobre assuntos inerentes à doença.

Sou uma mulher com 32 anos de idade, com a Licenciatura em Desporto e Educação Física, que sempre praticou desporto ao longo da sua vida.
Na infância, sofri de sucessivas infecções urinárias que, agora posso entender que possam ter sido um factor decisivo para o desenvolvimento da minha doença.
Há 3 anos, cerca de 4 meses antes de engravidar, sintomas (que cada vez mais se tornavam frequentes) como, dor nos calcanhares, dor nas ancas, dor no fundo das costas, sensação de inflamação das sacro-ilíacas, etc, acentuaram-se. Entretanto, engravidei e, durante a gravidez, todos esses sintomas desapareceram, excepto, no primeiro trimestre que, dores nas sacro-ilíacas, e dor nas nádegas foram recorrentes, atenuando com o passar da gravidez. Durante o resto do tempo de gestação, não houve qualquer tipo de dor, nem de sintomas. Cerca de 3 meses após o parto (que foi complicado, sem anestesia, e doloroso), de um dia para o outro, verificou-se inchaço da articulação do joelho, com líquido, impedindo a mobilidade do mesmo, seguida de enorme dor articular.
Após alguns mesmes de consultas, sem frutos, diagnosticaram-me Espondiloartropatia.
No meu caso, o factor HLA - B27 não é positivo.
Encontrava-me ainda a amamentar quando iniciei o tratamento com naproxeno e corticoesteroide (penso que, hidroxicloroquina). Dois anos se seguiram, efectuando tratamento com AINE's e glicocorticoides.

Cerca de um ano depois de me ter sido diagnosticada a EA, iniciei tratamentos de acupunctura com fitoterapia que, aliviaram os sintomas gradualmente. Esses tratamentos bisemanais incidiam no processo de desinflamação da articulação com electroestimulação nas agulhas. Ao longo dos tempos, o número de tratamentos por semana foi diminuindo proporcionalmente com o alívio dos sintomas.
No entanto, outro joelho foi afectado, bem como a recorrencia de dor nas sacro-ilíacas e dor nas nádegas - alternadamente uma e outra.

Após dois anos de doença e, com a acupunctura e fitoterapia, com a alteração dos hábitos de vida (alteração da alimentação - apenas peixe e proteínas de origem vegetal, ausência de leite e de carne; e inclusão de um programa diário de exercícios matinais, semelhantes aos descritos num artigo vosso - com reforço muscular e mobilidade das articulações afectadas, bem como da zona cervical, zona lombar, coluna vertebral, ombros, reforço muscular abdominal e dorsal, flexibilização/reforço da coxo-femural, reforço muscular dos nadegueiros e quadrícipedes, flexibilixação articular generalizada, sempre sem insistências e, sim, com permanencia da posição por cerca de 30s a 1 min., com algumas posições de Yoga; natação 1 a 2 vezes por semana), passei a não tomar mais medicamentos (nem AINE's nem corticoides) e a melhorar em muito a minha qualidade de vida.

Uma das questões que queria ver esclarecida era as consequências da doença na gravidez. Após a leitura do vosso artigo "EA e a gravidez" fiquei a perceber sobre os riscos da doença no decorrer da gravidez, embora já suspeitasse que, durante a mesma, poderão haver períodos sem manifestação da doença, e que após o parto, a mesma possa ressurgir.

Espero que esta história possa contribuir de alguma forma para quem a ler, e que possa ficar aqui um testemunho vivo, físico e real, do quanto podemos melhorar a nossa qualidade de vida, com a alteração dos hábitos e rotinas diárias.

Sem dúvida, o exercício físico pode, em muito, tanto melhorar como atenuar os sintomas e recisivas da EA. Very Happy

charlie



Eu sei que é muito comum que as mulheres gravidas ficar sem dores durante o gravidez - uma explicação que eu vi é que o sistema auto imuna fica menos activo por causa do facto de ter um outro ser humana dentro do corpo.

Eu sei que já experimentou com a sua dieta, mas devia considerar a dieta sem amido - no meu caso resolviu o EA e há muitos outros igual a mim. Há pessoas que vejam resultados dentro de semanas, outros que tem que esperar mêses então tem que ter persistencia!

Boa sorte!
Charlie

4O Exercício Físico na Prevenção da Evolução da EA Empty Aconselhamento Qua Out 14, 2009 1:46 pm

Cláudia Coelho Pedro

Cláudia Coelho Pedro

Olá saraclavel!

Apesar de ainda não ter passado por uma gravidez, identifiquei-me com a tua história pois também tenho o HLA B 27 negativo e tenho imensas queixas na zona da sacroiliaca e por vezes na coluna dorsal.

Como apenas me foi diagnosticado há apenas 1 semana, já iniciei os exercicios em casa e vou começar com hidroterapia.

Para além dos exercicios matinais diários, qual a tua frequência fazes os restantes desportos?

E a fisioterapia?

Ainda me sinto um pouco perdida e acho que não estou a fazer o suficiente para combater esta donça!

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